Sou três pontos reticências
De um ponto final
Sou de um livro completo
De evidentes evidências
Cem páginas por terminar
Sou o sal do rio
O açúcar do mar
Sou o sorriso que não sorriu
Pintura por acabar
Sou o escuro da alegria
E a luz da tristeza
Sou uma caixa vazia
Cheia de incertezas
Sou a lágrima que cai
Sou a gargalhada silenciosa
Sou o silêncio que se esvai
Numa calma ansiosa
Sou o vazio de um copo cheio
Sou a corrente de um rio que parou
Sou a lua que se escondeu
Sou o poema que não leio
Sou a água que secou
Sou a alegria que não nasceu
Sou eu
Três pontos reticências
De um ponto final
Sou de um livro completo
De evidentes evidências
Cem páginas por terminar
S.V
3 comentários:
Sigilo quem não gosta
De ter êxito quem não adora
Como uma folha que cai
Quando a noite se aproxima
Imploro-te pelo que mais queiras
Dança sem parar
As palavras leva-as o vento
O destino pode ser alterado
Na loucura todos estamos
Para o regresso é preciso coragem
No teatro da vida
Ou dentro de um quarto escuro
Num rio de lágrimas salgadas
Com uma tristeza sem fim
Sentado num banco de jardim
Talvez um dia quem sabe
Procuro-me e encontro
Razões de mais ainda
As reticências eu retiro-as
O futuro a ti diz respeito
Apoia-te nesse ombro
Que ao teu lado sempre estará
Para o bom e o mau
Para ti e para ele
Temos sempre sorte no azar
Por muito que não acreditamos
Acredita por favor
Ainda és muito importante
Para ti
Para ele
Para todos nós
Acredita por favor
Parabéns pela originalidade! Quem mais senão tu para comentar usando uma frase de cada poema?! Se comentasses um de cada vez não sairia melhor. Afinal há por aí uma veia poética. Obrigada pelo comentário e pela singularidade do mesmo.
Sílvia
tal como me sinto, me revejo. mas não reticências, sou o ponto final.
sem nada mais pra la do ponto. sem nada mais pra dizer, fazer. sou ponto final.
o fim do fim.
Enviar um comentário