Sigilo


Saí
Ninguém reparou
Atirei a cadeira ao chão
Bati com a porta
Ninguém se mexeu
Ninguém se apercebeu
Cansei-me
Apressada desci as escadas
Sem tempo para tropeçar em mim
Sem tempo para nada
Preciso de ar
Não há ar suficiente aqui
Sufoco aos poucos no meio da multidão
Que assiste
Impávida
Serena
Já não luto
Perdi as armas
Mandei-as fora
Nada interessa
E porque não interessa
Volto
Subo as mesmas escadas
Segura em mim
Farta de mim
Abro a porta
Ergo uma cadeira
Subo o seu tampo de madeira
Preciso de ar
Abro a janela
De par a par
E atiro-me dela
Acabou-se o sigilo
Respiro

S.V

7 comentários:

Anónimo disse...

Adoro o k escreves Silvia!
Leio atentamente e tento perceber o teu intimo, amiga!

Um beijinho

MiaNNa disse...

Sabes ke escreves mt bem...gosto de passar por aki, ler e reler!!!
Parabéns e ñ devias parar...
bjs mil

SECRETLADY disse...

Adorei o que li, escreves com a alma, com sentimento.
Continua.
Beijinhos
Born to break

Lucky disse...

Identico-me tanto com as tuas palavras k nem imaginas...
Seria uma pena deixares de
escrever.
Continua.
Beijinho grande
Lucky

Anónimo disse...

Agora poderei ler-te quantas vezes quizer....e deliciar-me e perder-me e encontrar-me,maravilhada com tudo o que tão sábiamente escreves.OBRIGADA.Um beijo!

Unknown disse...

12,13,14, não interessa quantos anos já passaram desde que vivemos juntos, serão poucos porque ainda virão muitos.
Continuarei presente para te ajudar nessa luta sem fim, dar-te ei novas armas todos os dias para que te defendas.

Jamais estarás sózinha
LFSM

Sílvia Vargas disse...

Obrigada a todos os que comentaram um poema que foi feito em cima do joelho. Não consigo entender o porquê de tantos comentários... logo a este?! Foi escrito numa das minha cansativas e estupidas reuniões onde a vontade era sair porta fora. Ou janela, caso estivesse mais perto.

E... Susana, desiste de perceber o meu intimo. É demasiado negro e monótono. O ultimo que tentou esteve à beira de ir parar ao manicómio. lol

Lucky... o que seria uma pena não era eu deixar de escrever, porque me considero uma afronta aos verdadeiros escritores. O que é uma pena é tu te identificares com as minhas palavras. Não desejo a ninguém, muito menos a ti.

Anónimo, ou melhor, anónima... contigo não vale a pena gastar palavras em vão. Decidis-te que adoras o que escrevo e se há pessoa mais teimosa do que eu... és tu mesmo. Agradeço-te do fundo do coração toda essa dedicação.

Luís, meu mais-que-tudo. O homem que eu amo e que me atura com uma paciência de santo. Só para que conste são 13, quase nos 14, e já que a minha avô faz 90 prepara-te porque ainda vais ter que me aturar... só mais 50. ah ah ah

Sílvia