Não, não vou


Não
Não vou deixar para trás 
Todos os sonhos que construi
Em cima duma pedra de gelo
Não
Não vou abandonar o meu castelo 
De areia feito com tanto zelo
Não
Não vou destruir esta calçada
Construída com as pedras
Que me atiraram pelo caminho
Não
Não vou fechar as janelas
Já fechadas do meu destino
Não
Não vou deixar para trás
Todas as palavras que escrevi
Num livro imaginário
Não
Não vou abandonar rios de lágrimas
Que já secaram
Não
Não vou destruir o que fiz de mim
Com os retalhos que herdei
Dum passado que já perdi
Não
Não vou fechar as portas
Dos sorrisos que não recebi
Não
Não vou
S.V

5 comentários:

fairy_morgaine disse...

não sei para onde vou
mas sei que não é por aí

Unknown disse...

Lindo !!! Este não conhecia. Gosto da repetição da negação. Está mto forte !!! Para variar com o teu toque caústico.

Catarina disse...

Adorei este poema, lindo acima de tudo akilo k eu penso e sinto tão bem escrito por ti.

Maria E disse...

oi sílvia!

adoro o que leio..vindo de ti...obrigada por me teres fornecido o teu blog...adorei..beijinho da miguita gena

Unknown disse...

Este poema é maravilhoso!
Gostei mesmo muito.
È incrivel o poder dos teus poemas na minha alma :)

Beijinhos